quarta-feira, 26 de maio de 2010

SUSPENSÃO DA GREVE DOS PROFESSORES - NOTA DE ESCLARECIMENTO



NOTA DE ESCLARECIMENTO

A assembleia dos professores da Unimontes, reunida no dia 26.05.2010, deliberou pela volta às aulas a partir do dia 27.05.2010, quinta-feira.
A assembleia confia que o governo irá honrar sua proposta de negociar a pauta de reivindicações dos professores, conforme compromisso assinado pela secretária de Gestão e Planejamento Renata Vilhena.

O movimento em defesa da Unimontes continua e gostaríamos de agradecer o apoio da população e, especialmente, aos estudantes e servidores técnico-administrativos que participaram da luta dos professores.

ADUNIMONTES

terça-feira, 25 de maio de 2010

ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA DOS PROFESSORES - 26/05 - QUARTA-FEIRA


CONTINUEMOS A LUTA PELOS NOSSOS DIREITOS!!

ADUNIMONTES E COMANDO DE GREVE

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Nota sobre a continuidade da greve - 22/05/2010

À comunidade Acadêmica.

A Assembleia Geral dos professores da Unimontes, realizada nesta quinta-feira, dia 20 de maio de 2010, às 17 horas, no auditório do CCET, após avaliar as frágeis respostas do Governo, definiu pela CONTINUIDADE DA GREVE com prazo indeterminado.
Durante as discussões, após informações sobre as tentativas de negociação com o Governo de Minas Gerais, ficou claro que nossos docentes não estão sendo contemplados em suas reivindicações. Nas conversações ocorridas durante a última semana, o Governo acena com a possibilidade de realização do concurso público e do acesso e desenvolvimento na carreira pelos efetivos pela Lei 100/2007 (progressão e promoção).
Os pontos mais significativos que atendem a todos os docentes, ou seja, a promoção por escolaridade, a incorporação da gratificação, a mudança de nível de ingresso na carreira e a aplicação do Decreto 36.829/1995, que garante os 10% aos funcionários da Unimontes, só existem enquanto promessa.
Em decorrência destes entendimentos, os professores presentes na Assembleia decidiram pela MANUTENÇÃO DA GREVE.
Assim, conclamamos a Comunidade Acadêmica para as mobilizações, notadamente: Ato Público Unificado em 25/05, às 14 horas, na quadra da Unimontes, e Assembleia Geral em 27/05, às 18 horas, no auditório do CCH.

Comando de Greve dos Professores

MOÇÃO DE REPÚDIO

MOÇÃO DE REPÚDIO
A assembleia geral dos professores, reunida no dia 20 de maio de 2010, resolve, por unanimidade, repudiar a atitude do Diretor do CCSA, Sebastião José Vieira Filho, em colocar à disposição o cargo da servidora Raquel Barbosa Francisco de Souza.
Atos dessa natureza, além de ferir a Constituição Federal, no que diz respeito à Lei de greve, caracterizam uma postura ditatorial, inadmissível, que censura o direito de escolha da servidora de lutar, junto com a categoria a que pertence, por melhores condições de trabalho.
COMANDO DE GREVE UNIFICADO

ASSEMBLEIA GERAL UNIFICADA

ASSEMBLEIA GERAL UNIFICADA



25 de maio (terça-feira),
às 14h, na Quadra 01 do Campus Universitário Professor Darcy Ribeiro


Compareça!! Participe!!


Continuemos a luta pelos nossos direitos!!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

ASSEMBLEIA GERAL DOS PROFESSORES

ASSEMBLEIA GERAL DOS PROFESSORES



A ADUNIMONTES, no uso de suas atribuições e seguindo seu regulamento, convoca a todos os seus afiliados para Assembleia Geral dos Professores.


Dia 20 de maio (quinta-feira), às 17h, no auditório do CCET.


Professor compareça!!


Continuemos a luta pelos nossos direitos!!

sábado, 15 de maio de 2010

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Leia a matéria da assessoria da ALMG - Servidores e alunos da Unimontes protestam em audiência pública

Estudantes, professores e servidores da Unimontes lotaram o Auditório da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para protestar contra a situação da universidade estadual, situada em Montes Claros, Norte de Minas. Por mais de quatro horas, eles participaram, nesta quarta-feira (21/05/10), de audiência pública da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia e Informática para debater a autonomia da instituição e a necessidade de garantir recursos no Orçamento do Estado.

Com o apoio dos universitários, a unidade está parada por conta da greve do corpo docente e de funcionários técnico-administrativos, que pedem mudanças no plano de carreira, reajuste salarial, melhores condições de trabalho, além de uma política de assistência estudantil.

O presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Daniel Ferreira Coelho, criticou a atual situação da universidade e apresentou uma série de reivindicações, como a ampliação dos laboratórios, a construção de um restaurante universitário, a paridade nas eleições para reitor e a concessão de bolsas de pesquisa. "Atualmente, menos de 3% dos alunos contam com alguma bolsa científica. Isso é só uma mostra do descaso com que a Unimontes é tratada", reclamou.

A lista de reivindicação dos servidores também é extensa. Eles pedem, por exemplo, a criação de gratificação de 40% do salário-base, vinculada à avaliação de desempenho individual. Além disso, propõem mudanças nos níveis de ingresso na carreira e o cumprimento do Decreto 36.829, de 1995, que concedeu, na época, reajuste de 10% aos servidores públicos estaduais. "Só que os servidores da Unimontes ficaram de fora. Agora, a Justiça está concedendo o reajuste aos que recorreram aos Judiciário", explicou o representante da categoria, Ricardo Brandão.

O também servidor Isael Soares Queiroz afirmou ainda que muitos técnicos não ganham sequer um salário mínimo e relatou a situação difícil por que passa o Hospital Universitário Clemente Faria. "No passado, o Hospital já pertenceu à Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), que mantém até hoje servidores lotados na unidade. Só que esses profissionais exercem funções idênticas aos funcionários da Unimontes, mas têm salário diferenciado. A carreira não tem critérios mínimos de organização", lamentou antes de pedir mais respeito e o fim da demagogia.

Já a professora Isabel Brito, diretora da Associação dos Docentes da Unimontes, denunciou que apenas 30% dos profissionais de ensino são concursados e efetivos. Ela criticou o fato de as gratificações formarem cerca de 50% da remuneração dos professores. "Não é por acaso que estamos perdendo gente para outras instituições, inclusive de outros estados. A impressão que nós temos é que a Unimontes é um grande incômodo para o governo", lamentou.

Avanços - Sob vaias do público, o reitor da Unimontes, Paulo César Gonçalves de Almeida, admitiu que a situação dos servidores é crítica, mas ressaltou que os professores estão em melhores condições. Além disso, segundo ele, houve outras conquistas nos últimos anos que não podem ser negadas. "O momento é de somarmos esforços para continuarmos com força nas negociações", afirmou.

Deputados conseguem encontro com secretária de Planejamento

Aproveitando a presença da secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, na ALMG, os deputados interromperam a audiência pública para fazer uma rápida reunião com a representante do Executivo, que informou que discutirá a pauta de reivindicações se a greve for interrompida. Ela acenou ainda com a possibilidade de cumprir pelo menos um item pretendido pelos servidores, que é o pagamento dos 10% de reajuste previstos no Decreto 36.829, de 1995.

Para o deputado Padre João (PT), todavia, não foi suficiente. Ele reclamou do "descaso" da Seplag e de ter sido impedido de participar da reunião com a secretária. "Minha participação foi vetada", reclamou. O colega dele de partido, Adelmo Carneiro Leão (PT), também criticou a postura da secretaria, que não negociou antes, apesar de já saber que a situação era insustentável. "A greve, de fato, gera prejuízo a todos os envolvidos, mas garante conquistas. Dizer apenas que vai negociar não basta", afirmou.

Opinião semelhante tem o deputado Carlin Moura (PC do B), para quem é uma falta de respeito exigir o fim da greve para o início das negociações. "A Unimontes é mais uma vítima do choque de gestão. Se existe a greve é porque não há valorização dos profissionais e porque o governo não negociou em momento algum", disse.

O deputado Carlos Pimenta (PDT), por sua vez, afirmou que a Assembleia vai estar presente em todas as rodadas de negociações entre o comando de greve e o Governo Estadual daqui para a frente. Para ele, já houve avanços. O deputado Arlen Santiago (PTB) concordou e disse que os deputados serão "fiadores" das partes envolvidas, já que todos os parlamentares, independentemente do partido e da orientação política, reconhecem a importância da instituição para a região.

O deputado Gil Pereira (PP) saiu em defesa da criação de uma universidade federal no Norte de Minas e apresentou requerimento com apelo ao presidente da República e ao ministro da Educação para que tomem providências nesse sentido. "Zona da Mata, Triângulo, Sul, Central. Todas as regiões do Estado têm mais de uma instituição federal de ensino superior. Por que só o Norte não tem?", questionou.

Protestos marcam participação do público

No fim da audiência pública, foi aberta a palavra a representantes dos servidores, professores e estudantes, depois de muitos protestos. Uma das que falaram foi a professora Márcia Bicalho, que se declarou indignada com o descaso do Governo Estadual. Ela lamentou o fato de o Executivo ter a Unimontes como vitrine do Norte e alardear que o desenvolvimento da região está ligado a ela, mas sem financiar suas atividades. A professora também cobrou do Legislativo e condenou o fato de questões públicas da educação serem tratadas pelo presidente da Comissão de Educação, deputado Ruy Muniz, empresário do ensino privado.

Em resposta, o deputado Ruy Muniz afirmou que tem orgulho de representar a iniciativa privada, destacando que esse segmento responde por 85% da oferta de educação superior no País. Ele também enfatizou que a audiência pública desta quarta era resultado de um processo de negociação envolvendo vários deputados, entre eles os da oposição.

Ruy Muniz informou ainda aos participantes que o piso nacional para os professores da educação básica está contemplado no Projeto de Lei (PL) 2.215/08, do governador, que dispõe sobre o Plano Decenal da Educação e está em tramitação na Assembleia, em 2º turno. Reivindicação antiga dos trabalhadores, o piso definido no projeto é baseado no vencimento básico e não na remuneração (vencimento mais vantagens).

O deputado Paulo Guedes (PT) também falou aos participantes da audiência, assegurando que a bancada do PT e o PCdoB são a favor da eleição direta nas universidades estaduais. Disse que o bloco de oposição tem defendido o movimento da Unimontes, avaliando que um caminho para solucionar o problema da universidade é uma audiência do governador com o comando de greve.

Requerimentos - Os parlamentares aprovaram também um requerimento para a criação de um grupo de trabalho composto de representantes dos professores, estudantes e servidores para tentar um entendimento com a Seplag.

Presenças - Deputados Ruy Muniz (DEM), presidente; Adelmo Carneiro Leão (PT), Arlen Santiago (PTB), Carlin Moura (PCdoB), Carlos Pimenta (PDT), Gil Pereira (PP), Padre João (PT) e Weliton Prado (PT) e deputada Gláucia Brandão (PPS).

Estudantes, servidores e professores grevistas expressam a luta em defesa da UNIMONTES na ALMG! Até a vitória!

Audiência Pública sobre a UNIMONTES na ALMG é ocupada por manifestantes. Professores, servidores e estudantes divulgaram em alo e bom som a situação em que se encontra a UNIMONTES e apresentaram as reivindicações do movimento grevista das três categorias, em defesa da educação e em defesa da UNIMONTES.

UNIMONTES EM LUTA, ATÉ A VITÓRIA! GREVE GERAL NA UNIMONTES!
ENTRE NESSA LUTA VC TAMBÉM.

terça-feira, 11 de maio de 2010

AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE A UNIMONTES NA ALMG!VENHA ASSISTIR NO TELÃO, NO HALL DO CCH, A PARTIR DAS 10H.

Confira o panfleto "UNIMONTES EM GREVE GERAL EM DEFESA DA EDUCAÇÃO". Clique aqui para fazer o download em pdf.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Assista a reportagem sobre a greve da educação em MG

Vale a pena ver esta reportagem!!!!!

Sexta-feira, 7 de maio de 2010
Jornal da Alterosa 2ª Alterosa
Professores mantêm greve mesmo com multa; categoria mostra contracheque

05 de maio de 2010


Os professores estaduais decidiram manter a greve mesmo depois que a Justiça considerou o movimento ilegal. O grupo se reuniu nesta quarta-feira, 05, em assembleia, e está disposto a pagar a multa diária de 10 mil reais para continuar com o movimento.

A categoria briga por melhores salários. Para mostrar a situação em que estão vivendo, professores estaduais abriram os contracheques para o Jornal da Alterosa.

Agenda de Luta da Greve Geral da UNIMONTES

Fique de olho na Agenda de Luta da Greve Geral da UNIMONTES


TERÇA-FEIRA, 11 DE MAIO DE 2010

16h – Ato Unificado em frente o HU – PASSEATA até a Praça Dr. Carlos/
MONTES CLAROS
 
 22h - Saída para BH da Praça da Catedral

QUARTA-FEIRA, 12 DE MAIO DE 2010

10h - Audiência Pública sobre a UNIMONTES na ALMG em BH


QUINTA-FEIRA, 13 DE MAIO DE 2010

Presença do ANDES Nacional Na UNIMONTES
 
14h - Reunião Comando/Professores

terça-feira, 4 de maio de 2010

NÃO ao impedimento do direito de greve, SIM à negociação!!!

AMEAÇA DE CORTE DE PONTO


A ameaça da Reitoria de cortar o ponto dos professores constitui ato arbitrário de constrangimento ao exercício do direito de greve. Atenta contra um direito constitucionalmente garantido e regulamentado pelo artigo 6º, § 2, da lei 7.783/1989.

A Adunimontes recomenda aos professores a não assinatura do ponto no período de greve, deixando-o em branco, sem nenhuma observação.


NÃO ao impedimento do direito de greve, SIM à negociação!!!



COMANDO DE GREVE

ASSEMBLÉIA GREVE GERAL

ASSEMBLÉIA GERAL DA GREVE UNIFICADA DA UNIMONTES
Servidores e alunos, compareçam!!

DATA:Quinta-feira, dia 06 de maio de 2010
HORÁRIO: 17 Horas
LOCAL: Auditório do CCH

LOGO APÓS, ARTE EM GREVE, NO PÁTIO DO CCH E CCSA!!!!

Compareçam!!!

É preciso lutar!!! É possível vencer!!!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Passeata unificada da Educação Pública amanhã em Montes Claros

Passeata Servidores da Educação do Estado de Minas Gerais.



Terça-Feira, 04 de maio, às 15h e 30 min.


Saída: Praça da Catedral.


É Necessário Lutar! É possível Vencer!


Acompanhe o movimento:
www.grevegeralunimontes.blogspot.com
www. adunimontes.com.br

A Unimontes Invisível

A Unimontes Invisível

No poema “Prece de Mineiro no Rio”, de Carlos Drummond de Andrade, há a invocação a uma pátria distante, a um “Espírito de Minas” que, cantado, restaura a ordem e a lucidez na vida do sujeito poético e que ecoa, além do som, o sentimento de “mineirice”, de “mineiridade” para além do tempo, para além das montanhas. Na Minas Gerais de hoje, o “Espírito de Minas” foi morto e foram criadas várias Minas invisíveis que existem apenas nas fantasias e farsas políticas do Governo do Estado. Um exemplo dessa Minas Invisível, distorcida e manipulada, é a Universidade Estadual de Montes Claros. A propaganda governista criou uma Unimontes Invisível, que se distancia, assustadoramente, da Unimontes Visível, real.
Na Unimontes visível a infra-estrutura é caótica. Na Unimontes visível, as carreiras docentes e técnico-administrativas agonizam, à mercê de baixos salários e de ínfimas condições de trabalho. Na Unimontes visível, os discentes não são apoiados por ações públicas efetivas, que proporcionem o mínimo de condições para exercerem suas atividades acadêmicas. Na Unimontes visível, prevalece o descaso, o desrespeito e o abandono. A Unimontes visível é fragmentada pela palavra ausência. Há uma ausência no verbo agir e sobram bazófias, e bazófias, e mais bazófias. Há uma ausência que se distancia, completamente, do “Espírito de Minas”. Essa ausência retira de nós, todos nós, o sentimento de “mineirice”, de “mineiridade”, causando-nos um imenso nó na garganta.
Mas, como diz Fernando Sabino, mineiro “não conversa, confabula”. Então, confabulamos para restaurar a ordem e a lucidez à Unimontes. Lutaremos, de corpo e alma, para que esta Universidade seja um lugar melhor, muito melhor. Por isso, a luta para uma Unimontes melhor não é apenas dos alunos, dos professores e dos funcionários técnico-administrativos, mas de todos os cidadãos mineiros e, sobretudo, norte-mineiros. Não podemos aceitar que esta Unimontes que ninguém vê seja instrumento de marketing, deixando a Unimontes real às moscas e às escuras.
A Unimontes é nosso patrimônio e merece respeito. Aceitar, portanto, a Unimontes Invisível é louvar o inexistente e ser omisso perante a farsa. Na verdade, o que está em jogo não são apenas reivindicações justíssimas, é bem verdade, de cada categoria, mas também o futuro da Universidade Estadual de Montes Claros. Silenciar-se agora é sepultar, de vez, a história, a função social e o compromisso educacional da única Universidade genuinamente pública mineira, mantida pelo Governo do Estado. É hora de “botar o bloco na rua”, é “hora de botar a boca no trombone”, é hora de superar velhas oligarquias e arcaicas trapaças. É hora de enxergar que a Unimontes possui problemas, sérios problemas, que não podem esperar para serem resolvidos. É hora de lutar, juntos, para que a Unimontes visível surja, além, muito além dos olhos dos Reis que veem somente o próprio umbigo. É hora de invocarmos o “Espírito de Minas” para que ele ecoe na Unimontes, levando-a para além, muito mais além das montanhas.

Reportagem no Norte Minas sobre a Greve!

Em greve, docentes e servidores da Unimontes aguardam resposta do governo de Minas

29/04/2010 - 10h05m
Luís Alberto Caldeira
Repórter

Continua sem desfecho a greve deflagrada por professores e servidores técnico-administrativos da Universidade Estadual de Montes Claros. As reivindicações vão desde melhores condições de trabalho, promoção por escolaridade, a salários compatíveis com o cargo ocupado. Da reunião do último dia 16 de abril na Seplag – Secretaria de estado de planejamento e gestão, entre a secretária Renata Vilhena, dirigentes da Unimontes e representantes sindicais, ficou decidida a criação de um grupo de estudo entre as partes para análise, num prazo máximo de 30 dias, dos pleitos apresentados e seus impactos financeiros. Nesta semana, o comando da greve e a Adunimontes – Associação dos docentes da Unimontes encaminharam ofício para o governo do estado pedindo para que este processo seja acelerado.

LUÍS ALBERTO CALDEIRA

No HU, somente serviços essenciais e de urgência
e emergência funcionam.

Segundo a professora Telma Borges, do departamento de Letras da Unimontes e membro da comissão da parte dos docentes, ainda não houve convocação para que os grevistas pudessem acompanhar o andamento dos trabalhos.

- Até então não foi aberto nenhum canal para diálogo no sentido de se discutir as nossas demandas. Na verdade, quem pode fazer a avaliação do impacto das nossas solicitações na folha de gastos do governo é a própria Seplag ou o departamento de recursos humanos da Unimontes, pois são eles que têm os dados no sistema. Nós só vamos retornar nossas atividades normais quando o governo abrir de fato um canal de negociação conosco – afirma.

A greve dos docentes teve início segunda-feira da semana passada, 19 de abril. Na maioria dos prédios, a rotina é de salas e corredores vazios. Entre os únicos cursos de graduação que funcionam está o de Ciências Contábeis e de Direito. Nos demais, acadêmicos aguardam pelo retorno às aulas, preocupados com o tempo que perderão. Enquanto não há previsão de volta, alguns deles antecipam em casa trabalhos passados pelos professores.

O prazo legal para atendimento das reivindicações por parte do governador Antônio Augusto Anastasia é o dia 3 de julho, data-limite em que a greve pode durar, se não houver entendimento até lá.

- ESTAMOS PAGANDO PARA TRABALHAR

Para a diretora de comunicação da Adunimontes, Isabel Brito, professora do departamento de Ciências Sociais, o movimento de greve serve também para que o estado “enxergue o que realmente é a Unimontes”.

- A Unimontes é uma grande universidade pública, a única estruturada no Norte de Minas, mas penaliza seus professores e servidores. Estamos lutando para que ela seja reconhecida também financeiramente. Com o trabalho que temos aqui, mesmo sem esse apoio, já produzimos com qualidade. Imagine se tivéssemos melhores condições de trabalho, de estudo e de pesquisa. Uma grande universidade precisa investir nos seus servidores e em seus estudantes, o que não acontece – acredita.

Segundo ela, faltaria até material básico para as aulas.

- Os nossos professores pagam para trabalhar. Eu pago a prova que os meus alunos vão fazer. Ou então passo no quadro a avaliação para eles copiarem. Uma coisa que não tem lógica na era da informação. Nós não temos acesso a dinheiro para congressos. Para conseguir ir a um encontro, é um trabalho tão grande que te desestimula. A única coisa que a Unimontes fornece para os professores é uma sala de aula precária sem giz – protesta.

Isabel Brito defende ainda políticas voltadas aos acadêmicos.

- É inconcebível que uma universidade que tem 10 mil estudantes oferece somente duzentas bolsas de iniciação científica. Os nossos estudantes têm que trabalhar no comércio para ganhar 500 reais para chegar à noite aqui e estudar porque não conseguem se manter. Não temos restaurante universitário nem moradia estudantil. Difícil compreender porque tanto descaso – cobra.

ATENDIMENTO COMPROMETIDO

No hospital universitário Clemente de Faria, a situação também é preocupante. Desde o último dia 26 de março, somente os serviços essenciais e os de urgência e emergência funcionam, incluindo a maternidade, a pediatria e a UTI. Nos demais setores, é mantido um percentual de cerca de 30% de ocupação, como rege a lei. Exames clínicos e cirurgias eletivas estão suspensos.

De acordo com Fabrício Amaral, do comando da greve dos servidores técnico-administrativos, a reivindicação principal diz respeito ao vencimento básico dos trabalhadores, que gira entre R$ 349,00 e 474,00.

- Foram quatro tentativas de acordo com o governo desde 2008 até março deste ano, quando entramos em greve – lembra.

UNIMONTES QUER FIM DA GREVE PARA NEGOCIAR

Em nota oficial, a Unimontes afirma que “a Seplag tem demonstrado efetiva boa vontade em discutir as possibilidades de atendimento às reivindicações pleiteadas e, em momento algum, ocorreu qualquer manifestação contrária quanto à possibilidade real de negociação, naturalmente observando os impactos financeiros e os limites da lei de responsabilidade fiscal”.

Diz ainda que “ficou estabelecido que a realização dos estudos propostos estaria condicionada à normalidade das atividades de ensino, pesquisa, extensão e de prestação de serviços, a fim de que as negociações possam prosseguir e alcançar a concretização das justas e legítimas reivindicações apresentadas. O que não aconteceu”.

E que “a Unimontes está convicta de que, apesar das dificuldades enfrentadas, com a compreensão e o bom senso que o momento exige, e por meio do diálogo construtivo e harmônico, poderão ser alcançados os positivos resultados que tanto almejamos”.

domingo, 2 de maio de 2010

VEJA A CHAMADA TELEVISIVA DA GREVE GERAL DA UNIMONTES

Essa chamada foi veiculada na INTERTV e foi divulgado para mais de 50 municípios de Minas Gerais. É a greve se ampliando e se fortalecendo cada vez mais. Não perca, assista e divulgue nosso blog e fortaleça a nossa greve.
É necessário lutar! É possível vencer!